Marco do H2 do Brasil está a frente de outros países, diz associação

“Para a presidente da ABH2, tempo de discussão fez com que nova lei se tornasse moderna”.

 Reversão de gasoduto argentino deve ser concluída no dia 7 de outubro

“País vizinho poderá enviar gás natural para o Brasil via Bolívia. Países assinarão MoU em breve”.

 Tabocas completa 25 anos de trajetória em estreita sintonia com a expansão do setor elétrico

“Movida a grandes desafios e se valendo de tecnologias de última geral, a empresa atende aos maiores empreendedores, ancorando a construção de projetos emblemáticos de transmissão, executados rigorosamente nos prazos contratuais e com qualidade assegurada”.

– Fragmentos extraídos da 14ª edição VOLTS By Canal Energia (24/09/2024)

MENSAGEM DO EDITOR-CHEFE

“A primavera mal acaba de dar o ar da graça, mas todo mundo está de olho é mesmo no verão. O suspense cresceu ainda mais depois da última reunião extra do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). Chegou-se à conclusão de que, entre uma série de medidas propostas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), adiantar uma hora no relógio pode também trazer algum tipo de alívio ao funcionamento do sistema elétrico. A bola agora está com o presidente Lula. De qualquer forma, se o martelo bater em favor do retorno do horário de verão, a medida só deve ser adotada após as eleições municipais segundo assegurou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (…)

(…) o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu mais um prazo extra para que a União e a Eletrobras busquem se acertar pacificamente sobre a questão da representatividade no conselho de administração da ex-estatal. O presidente Lula quer fazer valer a montanha de ações que o Estado brasileiro detém na companhia, aumentando o número de cadeiras às quais o governo tem direito. O problema é que isso bate de frente com as regras sob as quais a Eletrobras foi privatizada. Fora isso, o Ministério da Fazendo está com uma baita pulga atrás da orelha. É que em troca de mais espaço no conselho, a empresa quer repassar a Eletronuclear para o colo da União. Levaria junto, claro toda uma imensa dívida decorrente da construção da usina nuclear Angra 3. Vale, efetivamente, gastar muita saliva nessa negociação.

Assunto que não sai de moda nunca é a questão dos subsídios. Não há roda de executivos ou painel de seminário em que o tema não marque presença. O que chamou a atenção desta vez é que uma reflexão bem séria sobre essa questão partiu de um CEO, cuja empresa vem investimento forte em fontes renováveis, segmento bem aquinhoado por benefícios. E a manifestação foi num evento promovido pela própria casa. Maurício Bahr, comandante da Engie, durante evento promovido pela companhia, admitiu que o excesso de subsídios está criando um desequilíbrio tarifário. Que o digam as associações que defendem os interesses dos consumidores. Essas entidades, conforme destacou a Agência CanalEnergia, estão mapeando com lupa potenciais jabutis embutidos em diferentes projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional. Não deve faltar trabalho para esse pessoal nos próximos meses.

E de impasse em impasse segue o dia a dia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com um colegiado de quatro diretores, o órgão regulador não vê a hora de ver novamente ocupada a cadeira que pertenceu a Hélvio Guerra. Enquanto isso não acontece, os empates são frequentes e muitas decisões importantes ficam numa espécie de purgatório. O que não falta é alfinetada. De um lado o diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa, se queixa da demora do governo em dar andamento à indicação de um nome substituto. Do outro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acusa o órgão regulador de atuação ineficiente. (…).

(…)”

Alexandre Canazio

Editor-chefe do Canal Energia

EXCLUSIVO

“Os brasileiros sempre tiveram uma quedinha por tudo que é importado. Até mesmo os problemas. No setor elétrico, em especial, não faz muito tempo, devido à crise hídrica enfrentamos toda aquela encrenca do Generation Scaling Factor (GSF). Empresas entraram na Justiça para não arcarem com prejuízos. Houve um acordo geral que exigiu muita negociação. Passado tanto tempo, porém, ainda existem pendências a resolver. Agora chegou a vez do curtailment, também conhecido como constrained-off. O leitor pode escolher o termo que lhe agradar. Já falamos disso aqui na Volts, só que, de lá pra cá, o cenário só vem piorando. Em resumo, a oferta de geração renovável continua aumentando em escala exponencial, só que não há como escoar. Há um descompasso entre produção e a disponibilidade de novas linhas de transmissão.

Como ainda não temos regulação para armazenamento em grande escala no Brasil, todo dia, o ONS (Operador Nacional do Sistema) precisa dar um jeito no excesso. E da forma mais trivial à mão. Afinal é preciso haver um equilíbrio no SIN (Sistema Interligado Nacional). Os controladores de usinas eólicas e solares são gentilmente convidados a parar de gerar. Simples assim. Não existe mágica. A eletricidade disponível precisa ser consumida simultaneamente. Resultado: os empreendedores impedidos de entregar sua produção acumulam prejuízos e querem ser indenizados. (…).”

MERCADO LIVRE

“A indústria nacional já compra no mercado livre 92% de toda a eletricidade que consome. Deu em recente levantamento da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia). Com isso, conseguem negociar melhores preços, prazos e tipo de fonte. Sem contar os diversos serviços associados, como consultoria para aprimorar eficiência energética nas respectivas instalações. Um pouco atrás no ranking está a turma do comércio. O pessoal adquire 39% no mercado livre. (…).”

PEDIDOS DE TURBINAS EÓLICAS

“Segundo a consultoria Wood Mackezie, a entrada global de pedidos de turbinas eólicas atingiu 91,2 GW no primeiro semestre fiscal, aumento de 23% em relação ao ano anterior. É recado direto para investidores, pois aponta oportunidades com retorno significativo e rápido pela alta demanda ou margens de lucro robustas.”

MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR

“A Cemig desenvolveu um sistema que monitora, via satélite, focos de calor a uma distância de até 1,5 km das suas linhas de distribuição e de transmissão. Com isso, os profissionais produzem boletins, avisos e alertas meteorológicos que são enviados às unidades da companhia. Aí elas conseguem tomar decisões, como, por exemplo, mobilizar as equipes – com uma antecipação de até quatro horas – para regiões que serão mais impactadas pelo fogo. (…).”

Fonte: VOLTS By CanalEnergia – 14ª edição (24/09/2024)

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