“(…) deve ou não ser decretado o horário de verão? (…) Cabe ao governo, enfim, a decisão. Por isso, o MME (Ministério de Minas e Energia) encomendou, pra ontem, um estudo sobre se vale ou não a pena voltar a adotar a esse mecanismo banido.

Paralelamente a essa questão, o MME corre atrás de medidas preventivas para enfrentar a estiagem braba que está secando rios, em meio a uma carga que se anima em crescer porque, o PIB parece querer ensaiar uma retomada. Dá-lhe termelétricas para segurar o SIN (Sistema Elétrico Nacional), que precisa se acostumar com o crescimento exponencial da geração solar que, claro, ao final da tarde, início da noite, diz “tchau, até amanhã”.

O ministro de Minas e Energia garante que, ainda em 2024, vai dar tempo de realizar o tão esperado leilão de capacidade. É que problema da intermitência tende a piorar bastante daqui a alguns anos se nada for feito, segundo avaliação da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). De boa novidade, o chefe da Pasta também assegurou que em 2025 vai sair o famoso leilão de baterias. Lá fora elas estão fazendo um baita sucesso.

Do lado regulatório, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também está contribuindo para fortalecer a prevenção. Acaba de aperfeiçoar aquele mecanismo de resposta da demanda, em que grandes empresas abrem mão seu consumo em troca de uma compensação financeira. Isso tudo sem contar que o órgão continua trabalhando com um diretor a menos. O nome do substituto de Hélvio Guerra está lá em análise do Palácio do Planalto. Segredo!

Enquanto isso, tem ainda previsão de gás natural mais barato vindo por aí. Pelo menos é o que deseja o presidente Lula. Na sexta-feira passada, bem animado, ele participou da cerimônia que marcou o início da operação do Complexo Energético Boaventura. Sim, esse é o novo nome do Comperj, que tanto deu o que falar na época da Operação Lava-Jato. Mas agora tudo indica que a unidade vai bombar. Lá será processado gás natural do pré-Sal, via gasoduto Rota 3 que, segundo a Petrobras, está tinindo de novo.

Ainda não acabou.  O TCU (Tribunal de Contas da União) segue trabalhando a todo vapor. A Corte de Contas agora está querendo saber mais sobre o mercado livre de energia. Chegaram informações de que há relatos de falhas no tratamento dos riscos de abertura, envolvendo as migrações dos consumidores do Grupo A, que desde janeiro de 2024, tiveram autorização para deixar o ambiente regulado.”

Alexandre Canazio

Editor-Chefe do Canal Energia

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