– “A AES se despediu do mercado elétrico nacional. Vendeu seus negócios para a Auren Energia, que está feliz da vida. No país desde a década de l990, a empresa americana chegou com o furor típico daquela época, comprando estatais inteiras ou participações. Tomou um baita tombo em 2003, foi socorrida pelo BNDES, e depois foi se acalmando, até arrumar a casa. Resolveu, no entanto, percorrer o mesmo caminho de outra americana, a Duke Energy, que encerrou negócios no Brasil, em 2016, repassando tudo à chinesa CTG.”
– “(…) o Brasil mais uma vez marcou presença no livro dos Recordes da Guiness. A Itaipu Binacional passou a constar na publicação como a maior produtora de energia elétrica acumulada do planeta! Sim, adaptando aquela velha canção de fim de ano, é “eletricidade para dar e vender”! Já a Eletrobras teve o seu “debut” naquela nova plataforma de negociações cujo nome, N5X, lembra agência de inteligência estrangeira. E outra estreia aconteceu na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A organização lançou sua plataforma de certificação de energia renovável. É isso aí, eletricidade com “pedigree” vale mais! Já para os locais e turistas, a notícia bacana é que a Neoenergia ganhou autorização para ampliar a geração renovável de eletricidade em Fernando de Noronha. Mais um bom motivo para conhecer uma das mais belas ilhas do nosso litoral.”
– “Um estudo da consultoria TR Soluções “cantou a bola” e não deu outra. A Aneel foi atrás e verificou – resumindo bem a ópera – que a operação comandada pelo governo de pegar um empréstimo mais barato para quitar outros dois de custo mais caro – o de escassez hídrica e o da Covid -, não vai resultar, na ponta do lápis, no benefício inicialmente esperado na conta dos consumidores de energia. Fernando Mosna, diretor responsável por esse processo na agência reguladora, sem papas na língua, classificou como “erro grosseiro” o cálculo feito por conta da negociação com os bancos.”
– “Não se preocupe cliente da Light, se você tiver uma sensação de “déjá vu” ao ler esta informação. Isso mesmo! A empresa lançou mais uma iniciativa de combate as perdas. Desde a privatização, em 1996, ao longo de várias gestões, isso já foi tentado um sem-número de vezes, com resultados nem sempre dos melhores. Mas a distribuidora, com fé no processo, avalia que agora vai dar certo. O programa, que não terá um prazo específico, será perene e tratará a temática das perdas com uma visão holística, buscando a cooperação entre os vários atores públicos e privados. Uma das premissas é que há consumidores que até gostariam de regularizar sua situação, mas que não dispõem de recursos para tanto. Uma das propostas é tentar fazer isso acontecer.”
– “Para quem vive se queixando de que falta dinheiro para atividades de P&D, uma novidade chegou para amenizar esse quadro. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) anunciou que vai expandir sua atuação no setor elétrico, com apoio direto a projetos de inovação em energias renováveis e tecnologia sustentável. A proposta é ampliar de 473 para 600 o número de novos projetos apoiados pela empresa em 2024, um aumento de mais de 25% em relação ao ano passado.”
– (…) “fique sabendo que, segundo recente relatório da consultoria Wood Mackenzie, no atual ritmo de trabalho, dificilmente o mundo conseguirá alcançar a tais metas de Net Zero em 2050, conforme planejado. A não ser que, claro, os investimentos em descarbonização e expansão de fontes renováveis sejam acelerados. Coisa da ordem de US$ 78 trilhões, cifra que hoje equivale a pouco mais de seis vezes o valor do PIB brasileiro.”
– “16º Encontro Anual do Mercado Livre (EAML) – Nas plenárias, toda a cadeia produtiva do mercado de energia, governança do setor, e consumidores debaterão macrotemas como a revisão da abertura e aprimoramento do ambiente de mercado; benchmarking internacional; PL de abertura total do mercado de energia no Brasil e seus respectivos desdobramentos; estratégias para captação de clientes e projeções de preço. Fechando agora nos detalhes, serão abordados IA na prospecção de novos clientes; estratégias de negociação; clima e projeções de preço; modelo dessem; digitalização para o consumidor varejista e projeções de mercado.”
– “Mesmo com os preços balançando, os negócios no mercado livre de energia não param de crescer e fazem a felicidade das comercializadoras. Para se ter uma ideia, houve crescimento de 50% no acumulado de 12 meses e o volume de energia consumida aumentou cerca de 14%, segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). A quantidade de consumidores livres atingiu 53.880 unidades em outubro, contra 35.910 há 12 meses. É só alegria! Mas há uma percepção de que essa performance possa ficar ainda mais positiva. Por conta disso, a questão da formação de preço terá uma abordagem prioritária em 2025, segundo a associação. (…).”
Fonte: VOLTS BY CANALENERGIA – 136ª EDIÇÃO