– “Aneel e Grupo J&F partiram para uma briga na Justiça pelo destino da Amazonas Energia. Mas, afinal, os consumidores da distribuidora correm risco real e imediato? A nossa correspondente em Brasília, Sueli Montenegro, saiu em busca de possíveis respostas para essa questão. A conclusão é que, conforme mostra a reportagem especial desta semana do CanalEnergia, alguma solução será encontrada, antes que algo pior aconteça. Especialistas consultados são unânimes em classificar a concessão da Amazonas Energia como um caso único, espécie de esfinge histórica a desafiar o segmento de distribuição. Afirmam, porém, que saídas existem. Como, por exemplo, fragmentar a concessão. O Amazonas, afinal, é o maior estado brasileiro em extensão territorial.”
– “O governo brasileiro anunciou o lançamento da nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), durante evento em Washington. Objetivo é expandir os investimentos de transição em setores estratégicos, em apoio ao Plano de Transformação Ecológica. Nesse embalo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que o Brasil está entre os países com menor emissão de gases de efeito estufa (GEEs) na produção e uso de energia. E deu no Brasil Windpower (BWP) 2024: Ricardo Tili, diretor da Aneel, informou que consulta pública sobre armazenamento de energia pode ser lançada ainda em 2024.”
– “A Aneel perdeu a paciência e carimbou, como certa e líquidas, penalidades milionárias para cada uma delas. A agência confirmou multas de R$ 54 milhões e de R$ 16 milhões, respectivamente, para Enel RJ e EDP SP, ainda por conta dos apagões de novembro de 2023. Houve demora, segundo a agência reguladora, no trabalho de restabelecimento de energia tanto para clientes paulistanos como para fluminenses em ambas as áreas de concessão. Já a Roraima Energia deve ter que pagar R$ 3,9 milhões. A fiscalização da Aneel constatou problemas quanto a disponibilidade de usinas, que atendem à capital do Estado. A conferir se as companhias vão pagar mesmo ou judicializar.”
– “O segmento de geração eólica, reafirmamos aqui, tem futuro ainda pra lá de promissor. Só que o momento, em particular, é de muita apreensão entre operadores e empreendedores. O Brasil Windpower (BWP) 2024, realizado semana passada, reforçou essa situação. De um lado, a 15ª edição do evento, completo sucesso de público, terminou com a certeza de que não faltarão oportunidades no processo da transição energética. As usinas offshore, apesar da demora na aprovação do marco legal, em breve chegarão ao Brasil. De outro, no entanto, há o problema da falta de pedidos associado ao principal desafio do momento: o curtailment. Em muitos casos, a limitação determinativa de geração chega a 70%. Isso, por conta de motivos diversos e alheios à vontade das companhias eólicas. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) Élbia Gannoum, por outro lado, reforçou a resiliência desse segmento de negócios tão importante para o Brasil. Durante o BWP 2024. Afirmou que a entidade vê soluções nos médio e longo prazos. Além disso, segundo ela, também está em preparo estudo de política indústria que será entregue ao governo.”
– “Não para de aumentar o cerco em torno da Enel SP. O MME faz pressão sobre a diretoria da Aneel que, por sua vez, segue nos calcanhares da empresa. A questão é que nada de bom acontece para reverter o quadro. É problema em cima de problema. Os clientes não estão mais à beira, mas em pleno ataque de nervos. Na mídia e nas ruas as reclamações e protestos são praticamente diários. E se não bastasse a confusão causada pelo vendaval de 11 de outubro, chuvas não tão graves voltaram a deixar parte da população da capital e da Grande São Paulo às escuras por dias seguidos. O resultado disso é que Aneel intimou a Enel SP e abriu processo que, na pior das hipóteses, pode levar à caducidade da concessão. E chegou mais cobrança do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para cima do órgão regulador. A questão é: Se a Enel sair da concessão, quem vai cuidar dos quase 7 milhões de clientes da companhia? Para se ter uma ideia, há meses o governo está movendo “mundos e fundos” para tentar salvar a Amazonas Energia, distribuidora de 2,5 milhões de clientes, desse que é o pior dos destinos.”
Fonte: 135ª Edição da Volts By CanalEnergia.